quarta-feira, 31 de março de 2010

[13] Full Moon Party em Ko Pan Ngan - a maior festa rave do mundo

Não sei como eu ainda tenho disposição para fazer essas viagens longuíssimas como as que fiz para chegar e sair da ilha Ko Pha Ngan. Foram horas e horas de barco, caminhonete, van, ônibus e trem. Cerca de três dias e três noites somados, incluindo a saída para o próximo destino, tudo isso principalmente para ver a Full Moon Party.

Talvez seja porque se obtém algo em troca. Por exemplo, de que outra maneira teria obtido no ônibus que pegamos em Krabi, após o barco para sair de Phi Phi, altas dicas com um casal de jovens brasileiros que antes de voltar ao Brasil, depois de viver três anos e meio na Austrália, estavam fazendo uma viagem de 45 dias pela Ásia? Eles deram excelentes dicas da Austrália, Nova Zelândia e Indonésia.

Mas falemos da Festa da Lua Cheia. Desde quando estava planejando vir à Ásia tinha lido que uma das atrações imperdíveis era essa festa rave (com muita música eletrônica) que acontece uma vez por mês em Ko (ilha) Pan Ngan. Se Ko Phi Phi fica na costa oeste do sul da Tailândia, Ko Pan Ngan fica na costa leste, próximo de duas outras ilhas que merecem ser visitadas, mas que não fui: Ko Samui e Ko Tao.

De fato a quantidade de gente chegando para a festa era de impressionar, na sua grande maioria europeus. Para alguns a festa já começa uns dias antes, nas duas ou três noites anteriores.

À parte da música, há muitos shows com fogo, balões são soltos a todo minuto e sempre há pequenas performances. Cada um inventa seu figurino que em geral é básico, com pinturas pelo corpo feitas por nativos, e com alguns acessórios fluorescentes. Outra característica inconfundível são os buckets de bebidas. São pequenos baldinhos onde se coloca cerca de 250 ml de vodka ou wisky, 1 redbull, refrigerante e gelo. Não se sente o gosto do álcool e depois do segundo baldinho... Isso para não dizer das outras coisas que não ficam tão a vista, mas que são oferecidas veladamente.

A festa, que tem seu ápice entre duas e três da madrugada, acaba na manhã seguinte para a tristeza dos boêmios de todas as partes.

Não sei se valeria a pena cruzar o mundo por causa da festa, mas para quem está passando pelas redondezas é realmente uma grande atração, uma vez que festa, noturna, na praia, com lua cheia, com gente de todo o mundo, na Ásia não poderia ser diferente.

P.S. Esse texto escrevi do meu Iphone em que coloquei um chip tailandês.

P.S. 2 Enquanto escrevia, via a paisagem do entardecer da saída de Suratani, a partir do trem, em meio a muitos tailandeses comuns. Mais uma justificava para a questāo colocada no início deste texto.

sábado, 27 de março de 2010

[12] O Tsunami de Phi Phi

Dificil andando pela ilha de Phi Phi, na costa oeste do sul da Tailandia, imaginar que um dia, em dezembro de 2004, de repente, aquelas aguas calmas que a rodeiam levantaram-se a altura de metros e invadiram a ilha. 70% das construcoes na ilha foram destruidas, 850 corpos foram encontrados, cerca de 1200 desapareceram; porem guias locais de turismo dizem que morreram ali cerca de 4000 pessoas. Veja um video: http://www.youtube.com/watch?v=Gbq412haY1c&feature=fvst

O governo da Tailandia evacuou a ilha transferindo a populacao pra outra regiao. No entanto um holandes criou uma ONG "Help International Phi Phi" e iniciou a reconstrucao da ilha. Hoje pouco se ve da destruicao ocorrida 5 anos atras.

Encontrei ua hospedagem e contratei um passeio ate a famosa Maya Bay onde ocorreu a filmagem do pessimo filme "A Praia" com Leonardo Di Capprio. O local eh bastante bonito com agua azul turquesa, formacoes rochosas interessantes , porem dei azar e o passeio nao foi bom. Pra comecar o barco era pequeno para os 9 espanhois, os dois suicos e eu. Nos molhamos todos na ida. Embora fizesse sol quando saimos, o tempo virou e comecou a chuviscar. Apos conhecer a Maya Bay eu e os dois suicos trocamos de barco, no outro haviam apenas duas pessoas e tinha capacidade pra umas 20. Porem o que parecia ser vantajoso nao foi tanto. Ficamos 30 minutos dentro do barco esperando a boa vontade do condutor tailandes, um nativo da ilha, que parecia se divertir com seus amigos bebendo um liquido suspeito. Mas finalmente voltamos, apos pequena parada para mergulho de superficie, enfrentando ondas revoltas onde um dia ocorreu o tsunami. Fiquei imaginando que turistas comuns como nos morreram num momento de lazer como este.

A noie de Phi Phi eh bem ajitada. Andei a esmo pela ilha e duas coisas me chamaram a atencao. Uma foi o Fire Fantasy um show feito em um barzinho na praia (Carlitos), realizado por uns 10 tailandeses que se revezavam no palco na praia, sob o luar, fazendo malabarismos com fogo. O efeito visual na noite impressionava e me fez lembrar que estava em uma ilhinha na Asia. O outro foi um imenso bar que entre outras coisas tinha um ringue dentro onde estava ocorrendo luta de boxe tailandes. Eh curioso porque, se no Brasil as pessoas veem principalmente jogo de futebol na televisao, ou na espanha tourada, aqui vi varios tailandeses assistindo a boxe. Apos a exibicao de dois lutadores tailandeses, duas europeias escandinavas muito altas se voluntariaram a lutar. Foi muito engracado e em dado momento, com raiva uma da outra, elas pararam de brincar e realmente o negocio pegou fogo. Sairam da luta exaustas e com algumas injurias, apesar das protecoes na cabeca.

No dia seguinte, domingo, passeei com mais tranquilidade pela ilha e pude observar melhor o quetinha sido destruido/reconstruido. Mas o mais interessante do dia foi visitar o ViewPoint. Por uma subida ingrime chega-se a um ponto que se ve toda a ilha. Explico melhor agora, na verdade Phi Phi sao duas ilhas unidas por um istmo, pequena faixa de terra. Istmo esse que praticamente sumiu durante o tsunami. E nessa faixa que concentra-se tudo em Phi Phi. De cada lado deste istmo ha uma praia. DoViewPoint se ve tudo ao mesmo tempo, as duas partes da ilha e o istmo ligando-as e as prais de cada lado do istmo, forma-se uma especie de H onde cada perna do H eh uma parte da ilha e o tracinho no meio eh o istmo. E bem bonito, especialmente quando visto durante o por-do-sol.

Na segunda de manha conheci a praia Long Beach. Peguei um taxi-boat e conheci a praia que dizem ser a mais bonita de Phi Phi. Eu concordo. Alias, creio que se vier novamente para essa ilha certamente ficaria nesta praia. Pela primeira vez entrei no mar de aguas verdes clarissimas e quentes (30 graus). Entre as apaziguadoras e charmosas pousadas e a praia ha arvores de uma especie unica daqui, com redes entre elas. Na agua era possivel ateh ver cardumes de peixes se movimentando. Comi em um restaurante as margens dessa praia da Ilha tendo um visual deslumbrante a frente. Quem viaja pela Tailandia tem que vir ateh Phi Phi !

As duas horas o bote partia pra longa viagem ate a ilha de Ko Pha Ngan. Chegarei nesta ilha as 6:00 da manha do dia seguinte.

quinta-feira, 25 de março de 2010

[11] Bangkok II

Antes de partir para Kanchanaburi, na terca a noite resolvi me arriscar e comer na rua como jah haviam me recomendado. Dentre tantas opcoes que dah medo, escolhi uma que parecia privilegiar a higiene. Sentei, tomei uma cerveja local (Chang) e pedi o primeiro prato: Pad Thai. Uma especie de macarrao fino, com deliciosos legumes (e olha que sou meio carnivoro). Podia-se escolher com porco, carne de vaca, frango ou camarao, escolhi com este ultimo. Estava otimo. Pedi entao outra cerveja local (Singha) e posteriormente, uma vez que nao tinha almocado, um segundo prato: Fried pork on rice. Logico que nao vou me arriscar escrever aqui o nome tailandes e vou me ater a escrever a traducao em ingles que estava no menu, mas eh carne de porco temperado e feito com arroz. Parece simples neh ? Mas meu amigo, que sabor tinha o arroz, havia um tempero verde que me fez devora-lo todo. Li em um guia que ha uma especie de arroz-jasmim, deve ser isso. Agradecendo aos deuses por terem me presenteado com tais "especialidades" pedi a ultima cerveja local (Leo) e meu ultimo prato. Galera, calma ai, nao almocei neh... Green Curry wiht fried beef: carne de vaca com curry. Olha vou me abster de colocar qualquer adjedivo rebuscado aqui mas tenho que apenas dizer que foi o mais hot, o mais spicy, ou seja, o mais apimentado e o melhor prato que comi, asim como tambem tenho que dizer que haja cerveja para amenizar a pimenta... No dia seguinte ainda experimentei o Red Curry with shrimp, ou seja outra pimenta e com camarao. Alias tem-se que dizer isso: quem nao gosta de pimenta nao deve nem pensar em vir para a Tailandia, eh normal apos as refeicoes sair como um dragao, cuspindo fogo.

Meu ultimo passeio em Bangkok foi conhecer um Mercado flutuante, nesta sexta-feira pela manha. Fica um pouco longe, gastamos uma hora e meia para chegar la. Ele acontece em alguns canais one ha varios vendedores/vendedoras circulando em canoas com os mais diferentes tipos de produtos, especialmente alimentos. Evidentemente hoje em dia o mercado jah incorporou outras caracteristicas e sao vendidos tambem os mais diferentes tipos de souvenirs. Entramos em uma canoa e percorremos varios canais em meio ao tumultuado transito fluvial, uma vez que tambem haviam barcos motorizados. Excepto pelos canais nao lembra nada Veneza, mas valeu a visita. Creio que nao tirei uma foto tao boa quanto a que encabeca este blog, mas da para ter uma ideia.

Aproveitei parte da tarde tambem para circular mais uma vez pela regiao onde estou hospedado e tirar algumas fotos, a regiao da Khao San Road, local cheio de hospedarias, restaurantes, comidas de rua, casas de cambio, lojas de souvenirs... Dizem que eh onde todos os mochileiros se encontram.

Outros apontamentos sobre a Tailandia/Bangkok:

-Principalmente os banheiros fora do circuito turistico sao diferentes dos do ocidente. Tem-se que agachar para usar a privada. A descarga eh um balde d'agua que fica do lado e que se espera que apos uso se jogue dentro da privada. Nao hah papel higienico, de modo que sempre se recomenda carregar um. No lugar do papel ha agua e uma canequinha. Eles lavam com a mao esquerda de modo que sempre cumprimentam com a mao direita, pois o contrario seria uma ofensa.

-As refeicoes vem acompanhadas de garfo e colher e nao faca.

-Quase 100% do tailandeses sao budistas.

-Costuma-se ver familias de quatro montados em motos, alem das compras do supermercado, todos sem capacete.

-Muitos trabalhadores aqui, como os pedreiros, por exemplo, trabalham com a cara tampada, como mumias.

-Tuk Tuk eh um modo de transporte comum (moto rustica com duas rodas atras e um compartimento para dois sentarem lado a lado, atras do motorista. O problema eh que eles pegam os turistas e passam por varias lojas, mesmo sem a pessoa querer. Eles ganham uma comissao mesmo que as pessoas nao comprem nada.

Hoje parto de Bangkok para a Ilha de Phi Phi ao sul da Tailandia. Ainda nao deu tempo de ver uma luta de boxe tailandes, um dos expoentes do pais. Tomara que surja uma oportunidade. Sinto que faltou ao menos um dia mais para usufruir nesta cidade um tanto quanto complexa.

Soh para o caso de ainda nao ter ficado claro: a comida tailandesa eh de levar qualquer um aas nuvens! Dizem que ha boas aulas de culinaria em Chiang Mai, a cidade do norte que devo ir no final da proxima semana. Quem sabe...

[10] Kanchanaburi perto de Bangkok

Pra fugir um pouqinho do tumulto bangkokiano, contratei na minha hospedaria um passeio de dois dias para Kanchanaburi, a umas duas horas da capital tailandesa.

O passeio comecou na quarta-feira de manha e confesso que o primeiro dia foi meio cansativo, exceto por ter conhecido o pessoal da van, incluindo dois camaradas chilenos, Ricardo e Juan Pablo.

Apos observar um congestionamento, no sentido contrario ao que seguiamos, de matar de inveja qualquer paulistano, a primeira parada foi em um cemiterio, a segunda na ponte do rio Kwai a terceira pegamos um trenzinho e a quarta em uma cachoeira.

Nada do que eu possa escrever aqui pode subsitutir assistir-se ao filme A Ponte do Rio Kwai, que independente de qualquer coisa eh um otimo filme, e eh classico, aluguem! Resumindo: cerca de 100.000 pessoas, boa parte prisioneiros de guerra europeus/americanos/australianos e os demais tailandeses cooptados, morreram construindo uma ferrovia de 415 km de extensao em 20 meses (o certo seriam uns 5 anos) sob as ordens dos japoneses. Eles morrreram de exaustao, desnutricao ou por alguma doenca. Essa obsessao japonesa aconteceu no contexto da segunda guerra mundial e era parte da estrategia do Japao para expandir seu dominio. Essa ferrovia eh chamada de ferrovia da morte. Por isso ha o cemiterio, visita a ponte, passeio pela ferrovia e no outro dia ainda ha uma visita a um museu.

A ultima parada foi em uma cachoeira. A cachoeira em si era comum, mas os tailandeses ao redor... Parecia um imenso piqueninque. E aos poucos foram chegando criancas e mais criancas, parece que as aulas ainda nao tinham comecado. Nesse local conhecia ainda um brasileiro (Diogo) e duas francesas de 45 anos (Marry e a outra nao lembro bem). Tirei fotos bastante diferentes do povo tailandes em seu momento de lazer, na cachoeira.

Depois de tudo isso seguimos para nossa hospedagem que mais parecia uma palafita, que sao casas de madeira construidas sobre o rio. A correnteza era grande e balancava tudo. O banheiro, para terem uma ideia, tinha tabuas mais espacadas para que a agua do banho ja caisse no Rio. Mas tinha uma tela para proteger-nos de qualquer anaconda tailandesa. Tambem havia um barzinho/restaurante junto da casa onde os dois chilenos, o brasileiro, as duas francesas e eu trocamos ricas experiencias por longas horas.

O segundo dia, exceto pelo museu, foi muito mais ajitado. Comecou com um passeio pelo rio em duas grandes jangadas de bambu.

A segunda grande atracao foi um passeio de elefantes. Nao eh muito confortavel nao, mas eh divertido. E ao final ainda pude tirar uma foto bem inusitada: um imenso elefante, com sua tromba, me levantou a uma altura de dois metros !

Por fim a ultima atracao do dia foi uma visita ao Templo dos Tigres. Ha varios tigres e monges no local. Pode-se chegar bem perto dos tigres e passar a mao. Creio que ha quase vinte tigres por lah e realmente chega-se bem perto deles.

E entao voltamos a Bangkok que rendera ainda o relato de mais algumas aventuras...

terça-feira, 23 de março de 2010

[09] Bangkok I

Sem tempo pra escrever texto, alguns excertos:

-Minha primeira boa experiencia na Tailandia nao podia ser outra: a comida. me esbaldei no jantar da segunda-feira. E o pior eh que eh bom e barato.

-Aqui eh mao invertida e a direcao dos carros ficam em frente ao assento direito. Nem pensar em alugar carro aqui, como ler essas placas com simbolos malucos ?

-Manifestacao no centro realizada pelos "vermelhos" que pedem a queda do prefeito. Mas tudo pacifico...

-Como se houve sapos em Bangkok, explico: sao vendedores de sapo de madeira que ao passar outra madeira sob as costas destes produz-se um som identico ao animal

-Na manha de terca bastou eu dar uma volta tentando chegar aos templos a peh para perceber que boa parte de meus parametros anteriores de viagem nao valem na Asia. Em meio ao caos visual, ao cheiro caracteristico das varias comidas de rua, ao som dos tais sapos, imerso em um calor que faz a cabeca dilatar e os pensamentos derreterem, sem entender a confusao das ruas e ler bem os sinais destas nesta lingua maluca, com pessoas te oferecendo algo a cada 30 segundos "hi sir" " good morning sir" what are you looking for sir" may I help you sir" voltei pro ar condicionado do meu quarto, uma hora depois, para pensar um pouco.

-Tinha comprado um guia da Tailandia, dei umas lidas, selecionei o que realmente importava fazer e fui ate um posto de informacoes. Como no caminho tinha obtido o preco de um taxista tres vezes maior que o normal (segundo o guia) preferi pegar um onibus. A moca me orientou bem e consegui chegar ao primeiro complexo de templos

- No maior templo da Tailandia na parte exterior soh se entra de calca (tive que alugar uma) e dentro dos templos, descalco. Ha moveis para colocar os sapatos.

-Depois deste primeiro que realmente impressiona pela arquitetura, pelas esculturas, pelos simbolos diferentes dos ocidentais, pelas cores vibrantes, fui para o segundo.

-No segundo templo a atracao era um buda gigante deitado dentro do templo. Acredito que seja maior e mais largo que o Cristo Redentor do Rio. Valeu a visita. E ainda haviam centenas, talvez milhares de estatuas de Buda dentro deste segundo complexo.

-Nao satisfeito fui completar a overdose. Desta vez tinha que pegar um bote e cruzar o rio, o que fiz depois de, no caminho, ignorar mais alguns espertinhos. Neste ultimo o que chamou a atencao foi algo que sequer sei o nome, onde se sobe e tem-se uma vista fantastica de Bangkok. Peguei o bote de volta e em seguida um onibus pra voltar. Acreditem, desta vez consegui um raro, com ar-condicionado, que me deixou ainda mais perto da minha hospedagem. Mas olha, haja gestos para explicar onde se quer ir, onde se quer descer, porque a lingua eh impronunciavel. Mas controlando a inseguraca consegue-se tudo.
-Finalmente fiz a massagem tailandesa. Sao feitas em sofas que ficam em frente as hospedagens. Ia fazer soh meia hora pes e perna, mas foi tao bom que fiz a outra meia hora padrao, nos ombros e costas. Muito bom.

-Deixa eu ir pra uma das partes mais prazerosas do dia, comer, pois jah sao 9:30 da noite e eu nem almocei nem jantei hoje!

segunda-feira, 22 de março de 2010

[08] A viagem

Cansativa pra caramba, estou confuso com o fuso. Mas cheguei bem e ja estou hospedado em Bangkok por 550 baths single bedroom com ar.
Algumas observacoes:
-2 horinhas no aeroporto internacional do Rio, 2 horinhas no aeroporto internacional de Sao Paulo, 8 horoes no aeroporto internacional de Londres. Algumas turbulencias no comeco da madrugada quando estavamos sobre o Atlantico impediu que tivessemos uma noite de sono tranquilo.
-Saindo do aviao em Londres adivinha quem foi escolhido para uma revista mais minuciosa ? Sim, aquele que vos escreve. Quando entrei na Europa uns anos atras por Milao foi a mesma historia, sendo que naquela ocasiao me apalparam ate o estomago em busca de drogas. Dessa vez ficaram nas inumeras perguntas e em uma detalhada revista na mochila. Fazer o que... Talvez seja o onus de viajar sozinho. Traficante ou imigrante ilegal em potencial ?
-Lendo o Finantial Times no aeroporto de Londres, duas referencias ao Brail: 1) Morreu o Mr Expresso, Emilio Lavazza, que ensinou ao mundo como fazer cafe e tornou a Italia sinonimo de bom cafe. Mas basta ler a reportagem por completo para ler no oitavo paragrafo que como comprador de cafe bruto ele sempre preferiu o cafe do Brasil. Ia sempre para nosso pais e ate aprendeu a falar portugues. Nos brasileiros temos que aprender a fazer negocio. Ate quando seremos apenas grandes exportadores de materia-prima ? Ferro, cana-de-acucar, soja, cafe, futuramente petroleo do pre-sal... 2) Um reporter do FT pela primeira vez visitou o nosso pais como turista e ficou no Rio. Teceu elogios a cidade e disse que apos uma caminhadinha no calcadao ja entendeu porque a Copa e as Olimpiadas serao no Brasil. O negocio so tende a melhorar agora... reflexos das duas competicoes...
- O trecho Londres Bangkok nao foi uma viagem foi a "experiencia de viajar pela companhia Thao". O jeito do interior do aviao, o tratamento das aeromocas com seus vestidos orientais belissimos, o espaco maior entre os bancos, a riquissima comida...
- Depois de passar pela area medica pra mostrar meu cartao identificando quando tomei vacina contra febre amarela, depois de passar pela imigracao, depois de pegar minha bagagem (que felicidade pensar que ela veio Rio=>Bangkok certinho, mesmo tendo eu mudado de aviao duas vezes), depois de pegar onibus para o centro de Bangkok (Khao San Road), finalmente estou hospedado. Mas como eu disse: confuso com o fuso... vou dormir... escrevo em breve novamente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

[07] Roteiro final detalhado

Após ler guias, pesquisar na internet e conversar com uma viajante por telefone (Lícia, obrigado!) que acabou de voltar de uma viagem de vários meses pela Ásia, fechei o roteiro. Quer dizer, pelo menos uma espinha dorsal que, eventualmente, pode ter ligeiras alterações.

D= Domingo

BRASIL
20-mar Rio
INGLATERRA
21-mar D Londres

TAILÂNDIA
22-Mar Bangkok
23-Mar Bangkok
24-Mar Bangkok
25-Mar Bangkok
26-Mar Ilha Ko Phi Phi
27-Mar Ilha Ko Phi Phi
28-Mar D Ilha Ko Tao
29-Mar Ilha Ko Pha Ngan
30-mar Ilha Ko Pha Ngan
31-Mar Trem Suratani Bangkok Chiang Mai
01-Abr Chiang Mai
02-Abr Chiang Mai
LAOS
03-Abr Viagem de bote pelo rio
04-Abr D Viagem de bote pelo rio
05-Abr Luang Prabang
06-Abr Luang Prabang
07-Abr Vang Viang
08-Abr Vang Viang
VIETNÃ
09-Abr Hanói
10-Abr Ha Long Bay
11-Abr D Ha Long Bay
12-Abr Hanói
13-Abr Hue
14-Abr Hue
15-Abr Ho Chi Min City (também chamada Saigon)
16-Abr Ho Chi Min City
CAMBODJA
17-Abr Phon Pen
18-Abr D Siem Rap
19-Abr Siem Rap
TAILÂNDIA
20-Abr Bangkok
INGLATERRA
21-Abr Londres
22-Abr Londres
23-Abr Londres
BRASIL
24-Abr Sab Rio

quinta-feira, 4 de março de 2010

[06] Um pulo na America do Norte - EUA

Falta pouco pra minha viagem pra Ásia, duas semaninhas, mas antes disso fui agraciado por minha empresa com uma conferência nos EUA. É por isso que dedico este post para falar um pouquinho de São Francisco na Califórnia.

Volto aos EUA dez anos depois do período de um ano que passei neste país. A velha burocracia para conseguir visto, e posteriormente aterrissar na terra ianque e passar pela imigração, continua. Só que dessa vez pude perceber ainda maior preocupação com a segurança, tudo decorrente daquele fatídico 11 de setembro de 2001. Algo que chama atenção é que hoje, cidadão americano ou estrangeiro, tem que tirar os sapatos e passá-los junto com as bolsa e outras pertences pelo aparelho de raio-x. Um chulé infernal : )

Morei nos EUA em Salt Lake City, capital de Utah. São Francisco, uma das principais cidades da Califórnia, é muito diferente. Porém há sempre uma cultura comum espalhada pelo país: a do fast food (sanduíches ou pizzas), a do pragmatismo, o da elevada e explícita importância que se dá ao dinheiro e a educação financeira, a obesidade do povo. Também, ainda que tenha havido séria crise econômica recentemente, a riqueza, comparada ao Brasil, ainda é bem evidente, dado o estilo de vida dos estadunidenses. Comer fora (e muito), ter um carrão, poder viajar e possuir um smartphone, não é privilégio de poucos. Engraçado que pela minha percepção, enquanto no Brasil se vê pobres nas ruas, nos EUA se vê desajustados, pessoas que não se enquadram na sociedade seja por terem se tornado drogados, seja por não quererem trabalhar, ou mesmo por terem problemas mentais.

A cidade de São Francisco é bastante charmosa. As ruas do centro, com as lojas comerciais, os restaurantes, os cafés e os suntuosos hotéis, pedem para ser caminhadas. O Cable Car, espécie de bondinho sobre trilhos nas ruas, dá o toque de charme final, aliás, o transporte em São Francisco é excelente. Além do próprio Cable Car que serve bastante ao turismo, há ônibus, metrô e trens para circular pela cidade, e mesmo navios para atravessar a baía e chegar às vizinhas. Não é a toa que na lista que colocou o Rio de Janeiro com a cidade mais feliz do mundo, São Francisco apareça em sétimo lugar.

Abro um parênteses para falar que o costume, a moda, a cultura são na maioria das vezes decorrentes da necessidade. Assim, por que tomam café num copo com tampa e com um buraquinho ? Porque costumam carregar o copo pra fora da loja e, se não o carregassem com tampa, o café esfriaria logo com tanto frio. E por que um copão de café ralo e quente e não um pequeno expresso? Porque forte e pouco não esquentaria tanto o corpo. Por que se vê tantos americanos com blusas de frio e uma camisetinha por cima? Mais uma vez devido ao frio, não é possível usar apenas uma camiseta e um casaco por cima, precisa-se algo mais... e por ai vai... Fico imaginando, mesmo no Brasil, quantos costumes não nasceram da necessidade. Um dos maiores exemplos disso é nossa feijoada, comida pelos escravos, feita com restos de porco que eram desprezados pelos senhores de engenho.

Na quinta-feira quando me dirigia para uma festa da conferência no San Francisco City Hall, em frente estava acontecendo uma manifestação de estudantes que teve repercussão nacional. Era um protesto em defesa da educação, uma vez que o orçamento das escolas vem sendo sistematicamente diminuído. Milhares de estudantes, alguns com 5 anos de idade, seguravam plaquinhas gritavam "Save the School". Ah se no Brasil fizéssemos isso... Educação e saúde nos EUA são problemas graves assim como no Brasil, a diferença é a consciência e atitude do povo.

São Francisco tem fama de ser liberal com os homossexuais, aliás a Califórnia inteira. Não sei bem o motivo da fama, mas realmente se vê um pouco mais de ousadia nas ruas, como casais do mesmo sexo de mãos dadas, casais do mesmo sexo com uma aparente filha adotiva, mas bem menos frequente do que o imaginário pode apresentar. Talvez se já não conhecesse a fama talvez nem teria reparado. O fato é que São Francisco é muito mais que isso e me surpreendeu bastante positivamente. Sem conhecer Nova York me arriscaria a dizer, pelo que ouço comentar, que só perderia em termos de apelo turístico para esta.

Seguem alguns comentários genéricos e alguns pontuais sobre os pontos turísticos:

-A grande discussão do momento nos EUA é sobre a criação de uma assistência pública de saúde, que ainda não existe. Seria algo equivalente ao SUS
-Uma cidade aparentemente tão rica e justo com o nome de São Francisco, santo que era tão frugral, vivia na absoluta pobreza... Ironia do destino
-Carros são bem mais baratos que no Brasil, quase a metade mais baratos
-Há muitos descendentes de asiáticos, muito coreano... Se vê também bastante negros, e algumas pessoas bem diferentes: completamente negros, mas de cabelo liso. Indianos? Indonésios ? Não sei. Vê-se alguns mexicanos. Mas, logicamente, a maioria da população é branca mesmo
-Nos jornais há muitos anúncios de armas, tacos de baseball, refletindo o que é a cultura deles...
-Tem muito mendigo e louco pelas ruas, em Copacabana tem mais pessoas pobres, mas em São Francisco as pessoas parecem uns loucos/desajustados mesmo...
-Americanos são super especializados, se você pergunta algo um pouquinho diferente da tarefa rotineira dele, ele diz "I am sorry" e te encaminha pra outro canto
-Eles se preocupam muito com marketing, tudo é o melhor, o mais antigo, o primeiro, foi inventado aqui, dito por especialistas que ...
-Nada é pequeno nos EUA, o copo de refrigerante “small” é enorme...

Abaixo um pouco mais sobre os pontos mais famosos:

Golden Gate: Muito além da fama, realmente provoca uma sensação diferente ao se circular por ela. Na minha opinião um dos pontos mais interessantes de São Francisco. Dezenas de vezes mais bonita que uma ponte Rio-Niterói da vida, mas nossa ponte de Brasília, projetada por Niemeyer entra no páreo.

Fishersman`s Wharf e Pier 39: região com restaurantes ideais para saborear um prato de comida a base de frutos do mar. Local bastante turístico.

Casas Vitorianas: A arquitetura das casas em vários bairros de São Francisco chama atenção. Um local específico e um dos cartões postais da cidade: as 7 irmãs (casas vitorianas bem parecidas e bastante preservadas).

Union Square e Chinatown: Ambas boas para compras, mas com características opostas. A primeira cheia de grifes, a segunda cheia de barganhas.

Lombard Street: Rua situada em uma montanha, com várias curvas, apesar de ser curta. Os carros tem que descer muito lentamente devido ao ângulo fechado das mesmas.

Golden Gate Park: belo parque, com muito verde, nos arredores da cidade. Após uma volta por ele renova-se o ânimo para fazer qualquer coisa. Há uma discussão muito grande atualmente sobre cobrar a entrada de turistas em algumas partes como o Jardim Botânico.

Sausalito: bairro romântico que fica depois da ponte Golden Gate.

Alcatraz: não pude ir, mas e uma ilha onde funcionava uma prisão. Visita popular para quem passa por São Francisco.