sábado, 17 de abril de 2010

[22] Mundo agitado

-17.000 voos cancelados na Europa neste sabado devido a fumaca do vulcao da Islandia. O meu voo eh terca para Londres, o que acontecera ?

-Manifestacoes em Bangkok, que eh onde estou agora. Ano passado chegaram a fechar o aeroporto

Seguem abaixo duas reportagens

Com 17 mil voos cancelados, Europa segue paralisada por vulcão
17/04 - 15:58 - EFE



A nuvem de cinzas gerada por um vulcão na Islândia, que se descola rumo ao sudeste da Europa, segue paralisando aeroportos do continente, que com o espaço aéreo de cerca de 20 países fechado já tem 17 mil voos cancelados.

Segundo os últimos dados da Eurocontrol, a agência responsável pela segurança aérea na Europa, 17 de 22 mil voos previstos para hoje já foram cancelados e não será possível a decolagem e a aterrissagem de aeronaves civis em grande parte do norte e do centro do continente.

Hoje, os países que ainda têm totalmente restrito seu tráfego aéreo são Bélgica, Estônia, Finlândia, Reino Unido, Holanda, Irlanda, Dinamarca, Eslováquia, Polônia, Croácia, Hungria, Suécia, Eslovênia, República Tcheca, Áustria, Suíça e Sérvia.

A agência explicou que Alemanha e França têm parte de seu espaço aéreo fechado, da mesma forma que ocorre no norte da Itália.

O último país a anunciar restrições foi a Espanha, que confirmou hoje que sete aeroportos em seu território estão fechados - o de Madri segue aberto.

À espera de que nas próximas horas, segundo as previsões, a nuvem de cinzas avance para o leste da Europa, o Reino Unido aparece como um dos países mais prejudicados. Os britânicos foram obrigados a ampliar até 3h (Brasília) o fechamento do espaço aéreo.

Desde a Segunda Guerra Mundial o Reino Unido não vivia uma situação de tal magnitude em seus céus, fechado ao tráfego aéreo há três dias.

A Irlanda também ampliou o fechamento de seu espaço aéreo até as 9h (sempre em Brasília) de domingo. Bélgica e Holanda prolongarão as restrições até, pelo menos, as 3h do mesmo dia.

Além disso, a Alemanha prorrogou pelo menos até 3h de amanhã o fechamento de seu espaço aéreo, o que afeta os 16 aeroportos internacionais e todos os regionais. A Lufthansa, maior companhia do setor no país, prolongou a suspensão de seus voos pelo menos até 9h de domingo.

A França foi além e anunciou o fechamento dos três aeroportos de Paris (Roissy-Charles de Gaulle, Orly e Le Bourget) até a manhã de segunda-feira, da mesma forma que os situados ao norte de uma linha imaginária entre Nantes e Lyon.

Na Itália, os fechamentos recaem sobre os aeroportos do norte do país - de Turim, Gênova, Milão, Bérgamo, Veneza, Ancona e Bolonha - que permanecerão assim até as 3h de segunda-feira.

Na Europa Central, a Áustria prorrogou o fechamento do espaço aéreo até as 21h de domingo, enquanto na Suíça se decidiu por manter as restrições até as 9h também de amanhã.

A Polônia vive uma situação especial e o aeroporto de Balice,, na Cracóvia, aonde amanhã devem chegar os líderes mundiais para o funeral do presidente Lech Kaczynski, permanecerá operando apenas para voos oficiais.

A fumaça deve limitar a presença internacional no enterro. Entre os que já confirmaram a ausência estão o chefe de Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, e os reis da Espanha.

O caos chegou também aos Bálcãs, onde Sérvia e Montenegro anunciaram o fechamento de seus espaços aéreos. Na Albânia, o único aeroporto internacional cancelou 11 voos.

No sul da Europa, além da Espanha, houve sérias restrições também em Portugal, que cancelou 356 voos, a maioria com destino ao Reino Unido A Força Aérea Portuguesa deverá receber amanhã, em Barcelona, o presidente Aníbal Cavaco Silva, que volta de Praga de carro devido aos problemas de tráfego aéreo.

Outro líder político prejudicado foi a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Seu avião, procedente dos Estados Unidos, teve que desviar ontem para Lisboa, de onde partiu esta manhã rumo a Roma.
Enquanto isso, os viajantes buscam alternativas. A Eurostar registrou em suas linhas entre Bruxelas, Paris e Londres 50 mil passageiros a mais desde quinta-feira, e as companhias ferroviárias britânicas estão lotadas. EFE int/rr

Manifestantes reforçam acampamento em Bangcoc com medo de ação militar
De Agencia EFE – Há 13 horas


Bangcoc, 17 abr (EFE) - Os manifestantes que pedem a queda do Governo da Tailândia reforçaram neste sábado seu acampamento no centro de Bangcoc para defender-se de uma eventual ação militar, enquanto alguns de seus líderes consideravam negociar sua entrega em meados de maio.

Ao longo do dia e apesar das fortes chuvas na capital tailandesa, os partidários da Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura realizaram cerimônias budistas para homenagear seus18 companheiros que há uma semana morreram nos choques com as forças de segurança.

Além dos ativistas, morreram nos enfrentamento quatro soldados e um jornalista japonês.

Temendo uma nova ação militar para combatê-los, os "camisas vermelhas" reforçaram os controles de segurança nos acessos a seu acampamento, montado nas proximidades de alguns dos mais luxuosos shoppings da capital e de vários hotéis de cadeias internacionais.

"Adotamos medidas de prevenção contra uma ofensiva e nvas tentativas de deter-nos", disse Nattawut Saikua aos jornalistas, um dos líderes dos protestos que começaram há um mês e que têm o objetivo de forçar a queda do Governo de coalizão do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva.

Também hoje, os manifestantes instalaram novas tendas de campanha, postos de comida e de primeiros socorros no centro da cidade, além de banheiros.

Os "camisas vermelhas" adotaram medidas de segurança adicionais um dia depois do fracasso da operação policial para deter os líderes de ala dura da Frente, e de o primeiro-ministro ter nomeado o chefe do Exército, general Anupong Paochinda, para a missão de restabelecer a ordem e a segurança na capital.

O porta-voz do Exército, general Sunsern Kaewkumnerd, disse ontem que havia planos de retirar os manifestantes da área metropolitana na qual estão acampados há uma semana, mas não deu mais detalhes.

Caisirt Shinawatra, ex-chefe do Exército tailandês, ofereceu sua mediação para acabar com os protestos que pioram a crise política na qual Tailândia está imersa desde o golpe de Estado perpetrado pelos militares em 2006.

Shinawatra disse, em entrevista coletiva, que ofereceu ajuda ao general Paochinda, para que mantenha encontros com os principais líderes dos "camisas vermelhas", a maioria partidários do ex-líder deposto em 2006, Thaksin Shinawatra.

"O general Anupong tem que fazer uma visita ao acampamento dos manifestantes e se reunir com os camisas vermelhas para abordar soluções à crise política", disse o general Shinawatra.

Na opinião do general reformado, o primeiro-ministro Vejjajiva tomou a decisão certa ao encarregar o chefe do Exército de restabelecer a ordem na capital, função que até o momento era desempenhada pelo vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban.

Líderes da Frente Unida para a Democracia contra a Ditadura, formação criado por partidários de Shinawatra, consideravam enviar este fim de semana membros de seu grupo para negociar com a Polícia sua entrega no dia 15 de maio, disse à imprensa, Jatuporn Prompan, um dos chefes do movimento.

No entanto, nem todos compartilhavam a mesma ideia, já que o general reformado da Polícia e destacado ativista dos "camisas vermelhas" Chat Kuldirok assegurou que não tinha intenção de entregar-se às autoridades voluntariamente.

Shinawatra, agora no exílio e declarado foragido da Justiça, foi condenado a dois anos de prisão por abuso de poder.
A Frente dos "camisas vermelhas" considera ilegítimo o Governo de Vejjajiva, por ter sido eleito por meio de pactos parlamentares e não nas urnas.

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